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quarta-feira, 15 de abril de 2015

VII e ultima Parte - Aparições de Maria Santíssima no norte do Brasil


VII e ultima Parte 
Por Pe. Júlio Maria de Lombaerde


VI. PROVIDÊNCIAS E OPOSIÇÕES

     As providências do Bispo foram as seguintes: que as meninas fossem examinadas pelo médico. Procedeu-se ao exame e averiguou-se que ambas são completamente sãs.
     A aparição repetia-se. Mas as contradições surgiam à medida que se falava nas aparições.
     A água corria constantemente, em pouca quantidade, e como que saindo da pedra.
     Começaram as curas extraordinárias; foi pena que os médicos não fossem avisados para examiná-las. Em todo o caso, o povo dá veracidade aos fatos e neles crê.
     Opinam que tenha havido profanação da fonte, embora não se saiba ao certo; e Nossa Senhora pediu que se fizesse um muro ou uma cerca, pois só as almas contritas e piedosas podiam assim aproximar-se a fim de fazerem orações e penitências.
     Fez-se a cerca, visto as pessoas se aglomerarem sempre mais em romaria. Veio a polícia e derrubou a cerca. Imediatamente secou a água até então corrente.
     O sacerdote mandou de novo construi-la e fechou as portas; logo depois a água brotou.
     Após oito dias veio a polícia novamente, destruiu a cerca e, como na outra vez, desapareceu a água.
     Falou-se que houvera sido o Bispo quem mandou a polícia.
     Este negou-o, dizendo que não sabia de nada.
     A aparição repetidas vezes veio e as meninas afirmaram que a Senhora lhes dissera: "Tenham paciência; as coisas que vêm de Deus são mesmo assim".
     Mandou então o padre que as meninas perguntassem a Nossa Senhora quem havia mandado os soldados, e a resposta foi esta: "Quem mandou foi um padre!"
     Quinze dias depois, uma carta das meninas chegou, dando-me o nome do culpado.
     Entretanto, a água não corria mais naquele lugar, mas um pouquinho acima. As meninas afirmaram que tinham pedido a Nossa Senhora para fazer a água sair novamente; então começou a correr.
     Nossa Senhora recomendou que não se dissesse isto a qualquer pessoa, para que só os bons recebessem da água.
     Maria da Luz entrou num colégio, a pedido de Maria Santíssima, para mais tarde, após ter adquirido um pouco de instrução, entrar no convento. A aparição pediu que as despezas necessárias fossem feitas pelo Padre, autor daquelas perguntas.
     Maria da Conceição está ainda com seus pais, em casa: parece-me que ela nunca mais viu a aparição.
     Outro fato sobre Maria da Luz: em todas as festas de Nossa Senhora, ela a viu na montanha de Guarda.
     Certo dia, perguntando algo a Nossa Senhora, recebeu esta resposta: "Nunca mais me manifestarei aqui em Guarda e os três castigos não virão já, porque o povo está melhor; mas é necessário ainda rezar muito e fazer penitência".
     Recomendou de novo a devoção ao Coração de Jesus e a Ele.

VII. CONCLUSÃO

     Tal é a narração publicada na revista Koenigsreuth. As relações escritas que me foram transmitidas, sendo recolhidas dos lábios do próprio sacerdote que formulou as perguntas são mais extensas, porém a narração acima é o resultado fiel do conjunto, e outros pormenores nada de essencial ajuntam ao fato.

     _________

     * Padre Júlio Maria de Lombaerde. O Fim do Mundo está próximo! Prophecias antigas e recentes. Livraria Boa Imprensa, Rio de Janeiro, 2ª edição, 1939, cap. VI, pp. 71 e ss.  Nihil obstat dado pelo Cônego José de Lima em 10 de julho de 1936, e Carta de Aprovação do Bispo de Caratinga, de 31 de julho de 1936.


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