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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como é que o Demônio se comporta 3ª Parte

Vamos postar a cada dia trechos da entrevista feita ao padre Gabriele Amorth Exorcista de Roma. Nesta postagem ele explica o comportamento demoníaco durante a proximidade da saída e após a libertação . Boa leitura e Salve Maria   
Esta é a ultima desta entrevista, contudo a pedido dos nossos leitores postaremos mais entrevistas do Pe. Gabriele Amorth.

3ª Parte

3 – Na proximidade da saída.
 
É um momento difícil e delicado que pode durar muito tempo. O demônio por um lado faz parecer que já perdeu uma parte das suas forças, mas por outro lado tenta jogar as últimas cartadas. Muitas vezes tem-se a seguinte impressão: enquanto no caso de doenças vulgares, o doente vê melhorar o seu estado progressivamente até á cura completa, no caso de um possesso, produz-se o contrário, isto é, a pessoa em questão vê o seu estado sempre a piorar e no momento em que ela já não pode mais, fica curada. Nem sempre as coisas se passam assim, mas é o que acontece com mais freqüência.

Para o demônio, deixar uma pessoa e voltar para o inferno, onde quase sempre fica condenado a permanecer, significa morrer eternamente e perder toda a possibilidade de se mostrar ativo, incomodando as pessoas. Ele exprime este desespero em expressões que são repetidas muitas vezes durante os exorcismos: “Eu morro, eu morro” – “Não posso mais” – “Já chega vocês matam-me” – “corja de assassinos, de carrascos; todos os padres são assassinos”, e frases assim.

O conteúdo muda completamente em relação aos primeiros exorcismos. Se antes dizia: “Tu não podes fazer nada contra mim” agora diz: “Tu matas-me, venceste-me”. Se antes dizia que nunca se iria embora porque estava lá bem, agora afirma que se sente horrivelmente mal e que deseja ir-se embora. É claro que cada exorcismo para o demônio, equivale a ser chicoteado: “sofre” muitíssimo, mas inflige igualmente muita dor e cansaço à pessoa em que se encontra: Chega a confessar que durante os exorcismos está pior que no inferno.

Um dia, enquanto o Pe. Cândido exorcizava um indivíduo já à beira da libertação, o demônio declarou abertamente: “Julgas que eu me ia embora se não estivesse pior aqui?”. Os exorcismos tornaram-se-lhe verdadeiramente insuportáveis.

Um outro fator que é preciso ter em conta, se se quer ajudar as pessoas que estão em via de libertação, é que o demônio se esforça por lhes comunicar o seus próprios sentimentos: ele não pode mais e procura transmitir um sensação de esgotamento intolerável; ele está desesperado e tenta transmitir o seu próprio desespero ao possesso; sente que está perdido, que já lhe resta pouco tempo para viver, que não está mais em condição de raciocinar corretamente e transmite ao paciente a impressão de que tudo acabou, que a sua vida chegou ao seu termo, e este cada vez mais se convence de que vai enlouquecer.

Quantas vezes as pobres vítimas, afligidas, não declaram ao exorcistas: “Diga-me francamente se eu estou louco!”. Para o possesso os exorcismos também são cada vez mais cansativos e, por vezes, se não vêm acompanhados ou forçados, faltam ao encontro.

Castidade dom de Deus a serviço do Reino 4ª Parte

Vamos postar a cada dia trechos do Catecismo Católico, onde se fala especialmente da castidade. Queremos informar aos nossos leitores que de inicio estamos postando artigos de personalidades conhecidas e posteriormente iniciaremos a postar também artigos próprios da Irmandade. Boa leitura e Salve Maria  
C.15 CASTIDADE 4ª Parte


C.15.11 Ofensas à castidade
§2351 A luxúria é um desejo desordenado ou um gozo desregrado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de união.

§2352 Por masturbação se deve entender a excitação voluntária dos órgãos genitais, a fim de conseguir um prazer venéreo. "Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado." Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da "relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana".

Para formar um justo juízo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos e orientar a ação pastoral, dever-se-á levar em conta a imaturidade afetiva, a força dos hábitos contraídos, o estado de angústia ou outros fatores psíquicos ou sociais que minoram ou deixam mesmo extremamente atenuada a culpabilidade moral.

§2353 A fornicação é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a educação dos filhos. Além disso, é um escândalo grave quando há corrupção de jovens.

O professor da juventude


                                                             São João Bosco - presbítero

"Vinde benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo" Mt 25,34

São João Bosco foi o fundador dos padres salesianos e das irmãs salesianas, muito aceites pelos seus trabalhos junto dos jovens de todo o mundo.

A oração da missa revela o conteúdo da vida deste santo: "Deus suscitou Dom Bosco para dar à juventude um mestre e um pai".

Pouca gente se lembra que São João Bosco viveu no século XIX, na Itália, numa época religiosamente confusa, marcada pela luta entre conservadores e liberais. Marcada também pelo afastamento dos operários, que da Igreja passaram para o socialismo. E marcada ainda pelo afastamento dos intelectuais, que debandaram para o Modernismo.

Com a fundação de Oratórios Festivos, Dom Bosco, reuniu os filhos desses operários abandonados, e levou as salesianas, também chamadas de "Filhas de Maria Auxiliadora", a cuidar das meninas deixadas ao abandono.

Esquecemos, por vezes, que o nosso Santo foi escritor e que marcou, como tal, o seu tempo e o nosso. De sua iniciativa surgiram as Leituras Católicas, em fascículos mensais, e uma Biblioteca da Juventude. A máxima do Santo, é bem conhecida: "Mais vale prevenir do que remediar".
Morreu aos 73 anos, em 1888.


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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Castidade dom de Deus a serviço do Reino 3ª Parte

 Vamos postar a cada dia trechos do Catecismo Católico, onde se fala especialmente da castidade. Queremos informar aos nossos leitores que de inicio estamos postando artigos de personalidades conhecidas e posteriormente iniciaremos a postar também artigos próprios da Irmandade. Boa leitura e Salve Maria  
 
C.15 CASTIDADE 3ª Parte
C.15.8 Coração puro e castidade

§2518 A sexta bem-aventurança proclama: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8). A expressão "puros de coração" designa aqueles que entregaram o coração e a inteligência às exigências da santidade de Deus, principalmente em três campos: a caridade, a castidade ou a retidão sexual, o amor à verdade e à ortodoxia da fé. Existe um laço de união entre a pureza do coração, do corpo e da fé:
São Luiz Gonzaga - Padroeiro da juventude 

Os fiéis devem crer nos artigos do símbolo, "para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo, vivam corretamente; vivendo corretamente, purifiquem seu coração; e, purificando o coração, compreendam o que crêem".

§2520 O Batismo confere àquele que o recebe a graça da purificação de todos os pecados. Mas o batizado deve continuar a lutar contra a concupiscência da carne e as cobiças desordenadas. Com a graça de Deus, alcançará a pureza de coração:

•    pela virtude e pelo dom da castidade, pois a castidade permite amar com um coração reto e indiviso;
•    pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o fim verdadeiro do homem; com uma atitude simples, o batizado procura encontrar e realizar a vontade de Deus em todas as coisas;
•    pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentimentos e da imaginação; pela recusa de toda complacência nos pensamentos impuros que tendem a desviar do caminho dos mandamentos divinos: "A desperta a paixão dos insensatos" (Sb 15,5);
•    pela oração:

Eu julgava que a continência dependia de minhas próprias forças... forças que eu não conhecia em mim. E eu era tão insensato que não sabia que ninguém pode ser continente, se vos lho concedeis. E sem dúvida mo teríeis concedido, se com gemidos interiores vos ferisse os ouvidos e, com firme fé, pusesse em vós minha preocupação.

§2532 A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.

C.15.9 Crescimento da castidade

§2343 A castidade tem leis de crescimento. Este crescimento passa por graus, marcados pela imperfeição e muitas vezes pelo pecado. "Dia a dia o homem virtuoso e casto se constrói por meio de opções numerosas e livres. Assim, ele conhece, ama e realiza o bem moral seguindo as etapas de um crescimento."

C.15.10 Espírito Santo na origem da virtude da castidade

§1832 Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna. A Tradição da Igreja enumera doze: "caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade" (Gl 5,22-23 vulg.).

§2345 A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo.

Como é que o Demônio se comporta 2ª Parte

Vamos postar a cada dia trechos da entrevista feita ao padre Gabriele Amorth Exorcista de Roma. Nesta postagem ele explica o comportamento demoníaco durante o exorcismo. Boa leitura e Salve Maria  


2ª Parte


2 – Durante os exorcismos.

Em principio, o demônio faz tudo para não ser descoberto ou pelo menos para dissimular a amplitude da possessão, embora não o consiga sempre. Por vezes é obrigado a manifestar-se desde a primeira oração por causa da força dos exorcismos.

Lembro-me de um jovem que, quando recebeu a primeira bênção, apenas me inspirou uma ligeira desconfiança, então pensei ”É um caso fácil: uma ou talvez duas bênçãos será o suficiente para resolver o problema”. Na segunda vez, enfureceu-se a partir daí já não voltei a começar o exorcismo sem ter comigo quatro homens robustos, para o segurar.

Noutros casos é preciso esperar a hora de Deus. Recordo-me duma pessoa que tinha procurado vários exorcistas (incluindo a mim próprio) sem que alguém lhe tivesse encontrado alguma coisa de especial. Até que um dia o demônio manifestou-se aos exorcismos como habitualmente, com a freqüência necessária para libertar os possessos.

Em certos casos logo desde a primeira ou a segunda bênção o demônio revela por vezes toda a sua força que varia de pessoa para pessoa; outras vezes esta manifestação é progressiva; há pessoas que apresentam em cada sessão problemas novos. Dá a impressão de que todo o mal que está neles deve aparecer pouco a pouco para poder ser eliminado.

O demônio reage de forma muito diferente às orações e às ordens. Muitas vezes esforça-se por se mostrar indiferente mas, na realidade, ele sofre e o seu sofrimento vai aumentando até que se chegue à libertação. Alguns possessos ficam imóveis e silenciosos não reagindo às provocações senão com os olhos.

Outros lutam: convém então segurá-los para impedir os cativos de fazerem mal; outros lamentam-se, sobretudo quando se lhes aplica a estola sobre os locais dolorosos, como indica o Ritual, ou ainda quando se faz um sinal da cruz ou quando se asperge com água benta. Raros são os que se mostram com fúrias, mas esses devem ser segurados com firmeza pelos assistentes do exorcista, ou pelas pessoas da família.

No que se refere a falar, os demônios geralmente mostram-se muito reticentes. O Ritual determina justamente que não se façam perguntas por pura curiosidade, mas que se pergunte só aquilo que pode ser útil à libertação.

A primeira coisa é o nome: para o demônio, tão pouco dado a manifestar-se, o fato de revelar o seu nome constitui uma derrota; quando diz o nome, mostra-se sempre relutante em repeti-lo nos exorcismos posteriores. Ordena-se em seguida ao Maligno que diga quantos demônios habitam no corpo de paciente. Esse número pode ser elevado ou reduzido, mas há sempre um chefe que usa o primeiro dos nomes indicados.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada


Repetimos hoje está publicação, exibida como meditação do evangélico do dia 28,  vendo a riqueza que está teria na vida de nossos leitores e por este motivo a postamos aqui. 
Convidamos desde já os nossos leitores a visitarem a nossa seção, Leituras do Dia e Meditação.
Boa leitura e Salve Maria! 

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1879), carmelita, Doutora da Igreja  
Manuscrito autobiográfico A, 75 vº - 76 rº
   
Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada 

Eu deveria, querida Madre, ter-vos falado do retiro que precedeu a minha profissão de fé. Esteve longe de me trazer consolação: a mais absoluta aridez e quase o abandono foram o que me coube, Jesus dormia como sempre na minha pequena barquinha; ah, bem vejo como raramente as almas O deixam dormir tranquilamente em suas barcas, Jesus anda tão cansado por ter sempre trabalhos para fazer e por ter de tomar tantas iniciativas, que logo Se apressa a aproveitar o repouso que Lhe ofereço. Não acordará certamente antes do meu retiro para a eternidade, mas isto, em vez de me causar sofrimento, dá-me na verdade um extremo prazer.

Claro que estou longe de ser uma santa, e o que acabo de dizer prova-o bem. Deveria, em vez de me regozijar com esta minha secura, atribuí-la ao meu pouco fervor e pouca fidelidade, deveria afligir-me por dormir (desde há sete anos) durante as orações e as acções de graças. Pois bem, não me aflijo com isso; penso que as criancinhas agradam tanto a seus pais enquanto dormem como quando estão acordadas; penso que, para fazer operações, os médicos põem os doentes a dormir. Enfim, penso que o Senhor conhece bem a nossa fragilidade, «sabe de que somos formados; não Se esquece de que somos pó da terra» (Sl 102,14).

O meu retiro de profissão de fé foi pois, como todos os que se seguiram, um retiro de grande aridez. No entanto, o Bom Deus mostrava-me à evidência, sem que eu me apercebesse, a maneira de Lhe agradar e de praticar as mais sublimes virtudes. Bastas vezes percebi que Jesus não quer dar-me provisões: nutre-me, a cada instante, com um novo alimento; encontro-o em mim sem saber como ali veio parar. Acredito simplesmente que é o próprio Jesus, escondido no fundo deste meu pobre e pequeno coração, Quem faz a graça de agir em mim, Quem me faz pensar em tudo o que quer que eu faça no presente momento.



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Castidade dom de Deus a serviço do Reino 2ª Parte

 Vamos postar a cada dia trechos do Catecismo Católico, onde se fala especialmente da castidade. Queremos informar aos nossos leitores que de inicio estamos postando artigos de personalidades conhecidas e posteriormente iniciaremos a postar também artigos próprios da Irmandade. Boa leitura e Salve Maria 
C.15 CASTIDADE 2ª Parte


C.15.4 Castidade e Batismo
 
§2345 A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo.
§2348 Todo batizado é chamado à castidade. O cristão "se vestiu de Cristo", modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade.
§2355 A prostituição vai contra a dignidade da pessoa que se prostitui, reduzida, assim, ao prazer venéreo que dela se obtém. Aquele que paga peca gravemente contra si mesmo; viola a castidade à qual se comprometeu em seu Batismo e mancha seu corpo, templo do Espírito Santo. A prostituição é um flagelo social. Envolve comumente mulheres, mas homens, crianças ou adolescentes (nestes dois últimos casos, ao pecado soma-se um escândalo). Se é sempre gravemente pecaminoso entregar-se à prostituição, a miséria, a chantagem e a pressão social podem atenuar a imputabilidade da falta.

C.15.5 Castidade e caridade

§2346 A caridade é a forma de todas as virtudes. Influenciada por ela, a castidade aparece como uma escola de doação da pessoa. O domínio de si mesmo está ordenado para a doação de si mesmo. A castidade leva aquele que a pratica a tornar-se para o próximo uma testemunha da fidelidade e da ternura de Deus.

C.15.6 Castidade e estado de vida


§2348 Todo batizado é chamado à castidade. O cristão "se vestiu de Cristo", modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade.
§2349 "A castidade há de distinguir as pessoas de acordo com seus diferentes estados de vida: umas na virgindade ou no celibato consagrado, maneira eminente de se dedicar mais facilmente a Deus com um coração indiviso; outras, da maneira como a lei moral determina, conforme forem casados ou celibatários." As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na continência:

Existem três formas da virtude da castidade: a primeira, dos esposos; a segunda, da viuvez; a terceira, da virgindade. Nós não louvamos uma delas excluindo as outras. Nisso a disciplina da Igreja é rica.
§2350 Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, urna aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.

C.15.7 Castidade e homossexualidade

§2357 A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.
§2358 Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.
§2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.

Discurso do Papa Bento XVI à plenária da Congregação para a Doutrina da Fé – 27 de janeiro de 2012.

Como sabemos, em muitas partes da terra, a fé corre o perigo de se apagar como uma chama que não encontra mais alimento. Estamos diante de uma profunda crise de fé, uma perda do sentido religioso que constitui o mais importante dever da Igreja de hoje. O renovamento da fé deve, portanto, ser a prioridade no empenho da Igreja inteira para os nossos dias.
[…]

A coerência do empenho ecumênico com o ensinamento do Concílio Vaticano II e com toda a Tradição foi um dos âmbitos no qual a Congregação, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sempre prestou atenção. Hoje podemos constar não poucos bons frutos arrecadados pelos diálogos ecumênicos, mas devemos também reconhecer que o risco de um falso irenismo [atitude de compreensão e caridade, adotada entre os cristãos de diferentes credos] e de um indiferentismo, totalmente contrário ao espírito do Concílio Vaticano II, algo que exige nossa vigilância.
Tal indiferentismo é causado pela opinião sempre mais difusa que a verdade não seria acessível ao homem; seria, portanto, necessário limitar-se a encontrar regras para uma prática capaz de melhorar o mundo. Assim, a fé seria constituída de um moralismo sem fundamento profundo. O centro do verdadeiro ecumenismo é, em vez, a fé na qual o homem encontra a verdade que se revela na Palavra de Deus.
Sem a fé, todos os movimentos ecumênicos seriam reduzidos a uma forma de “contrato social”, que adere a um interesse comum.
A lógica do Concílio Vaticano II é completamente diferente: a busca sincera da plena unidade de todos os cristãos é um dinamismo animado pela Palavra de Deus.
O problema crucial, que marca de modo transversal os diálogos ecumênicos, é a questão da estrutura da revelação – a relação entra a Sagrada Escritura, tradição viva na Santa Igreja, e o ministério dos sucessores dos Apóstolos como testemunhas da verdadeira fé.

É fundamental o discernimento entra a Tradição e tradições. Um importante passo para tal discernimento foi tomado na preparação e implementação de medidas para os grupos de fiéis provenientes do Anglicanismo, que desejam entrar em plena comunhão com a Igreja, conservando as próprias tradições espirituais, litúrgicas e pastorais, que estão em conformidade com a fé católica (cfr Const. Anglicanorum coetibus, art. III). Existe, de fato, uma riqueza espiritual nas diversas Denominações cristãs, que expressam uma única fé e dom a se compartilhar.

Hoje, então, uma das questões fundamentais é constituída pela problemática dos métodos adotados nos vários diálogos ecumênicos.

Também esses devem refletir a prioridade da fé. Conhecer a verdade é o direito do interlocutor de cada verdadeiro diálogo. É a mesma exigência da caridade para com o irmão. Neste sentido, ocorre afrontar com coragem também as questões controversas, sempre num espírito de fraternidade e respeito recíproco.

É importante ainda oferecer uma interpretação correta daquela “ordem ou ‘hierarquia’ na verdade da doutrina católica” encontrada no Decreto Unitatis redintegratio (n. 11), que não significa de modo algum reduzir o depósito da fé, mas trazer para fora a estrutura interna. Têm também grande relevância os documentos de estudo, produtos dos vários diálogos ecumênicos. Tais textos não podem ser ignorados, porque constituem um fruto importante, embora temporário, da reflexão comum amadurecida pelos anos.

Contudo, eles são reconhecidos pelo seu verdadeiro significado como contribuições oferecidas às autoridades competentes da Igreja, que é chamada a julgá-los de modo definitivo. Atribuir a estes textos um peso relevante ou quase conclusivo das questões espinhosas dos diálogos, sem uma avaliação adequada por parte das Autoridades eclesiais, em última análise, não ajudaria no caminho verso a plena unidade na fé.

Uma última questão que gostaria finalmente mencionar é a problemática moral, que constitui um novo desafio para o caminho ecumênico. Nos diálogos não podemos ignorar as grandes questões morais que certam a vida humana, a família, a sexualidade, a bioética, a justiça e a paz.
Seria importante falar sobre estes temas com uma só voz, elaboradas com fundamento na Escritura e na vida da tradição da Igreja. Esta tradição nos ajuda a decifrar a linguagem do Criador em Sua criação. Defendendo os valores fundamentais da grande tradição da Igreja, defendemos o homem, defendemos o criado.

Como é que o Demônio se comporta 1ª Parte

Vamos postar a cada dia trechos da entrevista feita ao padre Gabriele Amorth Exorcista de Roma. Nesta postagem ele explica como podemos perceber os sinais demoníacos. Boa leitura e Salve Maria  

1ª Parte
Famoso Exorcista da diocese de Roma.


Duma forma geral, podemos dizer que o demônio faz tudo para não ser descoberto, mostra-se muito lacônico e procura todos os meios para desencorajar o paciente e o exorcista. Para melhor clarificação podemos classificar este comportamento em quatro fases: antes de ser descoberto, durante os exorcismos, na proximidade da saída e depois da libertação. Assinalamos igualmente que nunca se encontram dois casos iguais. O comportamento do Maligno é o mais variado e imprevisível. Só farei referência a certos aspectos de comportamento mais freqüentes.
 
1 – Antes de ser descoberto.
O demônio provoca distúrbios físicos e psíquicos: a pessoa envolvida procura tratar-se com médicos, mas nenhum suspeita da verdadeira origem do seu mal. Os médicos, em certos casos, começam um longo tratamento, testando diversos medicamentos, que resultam sempre ineficazes; por isso é vulgar que o paciente mude várias vezes de médico, acusando-os a todos de não entenderem a sua doença.
O tratamento dos males psíquicos é o mais difícil; muitas vezes os especialistas não notam nada (como também acontece com as doenças físicas), e a vítima passa por um “obcecado” aos olhos dos familiares. Uma das cruzes mais pesadas destes “doentes” reside no fato de não serem nem compreendidos, nem acreditados.
Quase sempre acontece que, estas pessoas, depois de terem batido às portas da medicina oficial, em vão, mais tarde ou mais cedo acabam por se dirigir a curandeiros, ou ainda pior a adivinhos, bruxos, quiromantes, ou feiticeiros. E assim ainda pioram os seus males.
Normalmente, quando alguém recorre a um exorcista (aconselhado por um amigo, raramente por sugestão de um padre) geralmente já fez o percurso pelos médicos que o deixaram numa desconfiança total e, na maioria dos casos, já foi aos bruxos ou similares. A falta de fé ou pelo menos o fato de não ser praticante, juntamente com a imensa e injustificável carência eclesiástica neste domínio, permitem compreender este tipo de comportamento. A maior parte das vezes é um verdadeiro acaso encontrar alguém que fale da existência de exorcistas.
Não esquecer que o demônio, mesmo nos casos de possessão total (em que é ele que falta e age servindo-se dos membros da sua infeliz vítima) não age continuamente, mas intercala a sua ação (designada em linguagem corrente sob a designação de “momentos de crise”), com fases de sossego mais ou menos longas.
Excetuando os casos mais graves, a pessoa pode prosseguir os seus estudos ou o seu trabalho de forma aparentemente normal, sendo ele o único na realidade a saber o preço desses esforços.

Fonte - Derradeiras Graças

sábado, 28 de janeiro de 2012

Castidade dom de Deus a serviço do Reino 1ª Parte

 Vamos postar a cada dia trechos do Catecismo Católico, onde se fala especialmente da castidade. Queremos informar aos nossos leitores que de inicio estamos postando artigos de personalidades conhecidas e posteriormente iniciaremos a postar também artigos próprios da Irmandade. Boa leitura e Salve Maria 

C.15 CASTIDADE 1ª Parte

C.15.1 Amizade e castidade
§2347 A virtude da castidade desabrocha na amizade. Mostra ao discípulo como seguir e imitar Aquele que nos escolheu como seus próprios amigos, se doou totalmente a nós e nos faz Participar de sua condição divina. A castidade é promessa de imortalidade.
A castidade se expressa principalmente na amizade ao próximo. Desenvolvida entre pessoas do mesmo sexo ou de sexos diferentes, a amizade representa um grande bem para todos e conduz à comunhão espiritual.

C.15.2 Castidade conjugal e Matrimônio

§2365 A fidelidade exprime a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O sacramento do Matrimônio faz o homem e a mulher entrarem na fidelidade de Cristo à sua Igreja. Pela castidade conjugal, eles testemunham este mistério perante o mundo.
S. João Crisóstomo sugere aos homens recém-casados que falem assim à sua esposa: "Tomei-te em meus braços, amo-te, prefiro-te à minha própria vida. Porque a vida presente não é nada, e o meu sonho mais ardente é passá-la contigo, de maneira que estejamos certos de não sermos separados na vida futura que nos está reservada... Ponho teu amor acima de tudo, e nada me seria mais penoso que não ter os mesmos pensamentos que tu tens".
§2368 Um aspecto particular desta responsabilidade diz respeito à regulação da procriação. Por razões justas, os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral.
A moralidade da maneira de agir, quando se trata de harmonizar o amor conjugal com a transmissão responsável da vida, não depende apenas da intenção sincera e da reta apreciação dos motivos, mas deve ser determinada segundo critérios objetivos tirados da natureza da pessoa e de seus atos, critérios esses que respeitam o sentido integral da doação mútua e da procriação humana no contexto do verdadeiro amor. Tudo isso é impossível se a virtude da castidade conjugal não for cultivada com sinceridade.

C.15.3 Castidade dos noivos

§1632 Para que o "sim" dos esposos seja um ato livre e responsável e para que a aliança matrimonial tenha bases humanas e cristãs sólidas e duráveis, a preparação para o casamento é de primeira importância:
O exemplo e o ensinamento dos pais e da família continuam sendo o caminho privilegiado desta preparação.
O papel dos pastores e da comunidade cristã como "família de Deus" é indispensável para a transmissão dos valores humanos e cristãos do Matrimônio e da família , e mais ainda porque em nossa época muitos jovens conhecem a experiência dos lares desfeitos que não garantem mais suficientemente esta iniciação (feita dentro da família):
Os jovens devem ser instruídos convenientemente e a tempo sobre a dignidade, a função e o exercício do amor conjugal, a fim de que, preparados no cultivo da castidade, possam passar, na idade própria, do noivado honesto para as núpcias .
§2350 Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, urna aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.

O Mestre de Cerimônias, de Bento XVI, explica algumas mudanças nas celebrações papais - 4ª Parte

Reforma de Bento XVI

A cada dia vamos postar trechos da entrevista concedida ao Wlodzimierz Redzioch pelo Revmo. Sr. Mons. Guido Marini

       4ª Parte e ultima 


Por que é tão importante para a Igreja preservar o uso do latim na liturgia?

Embora o Concílio Vaticano II tenha introduzido as línguas nacionais, ele recomendou o latim na liturgia. Penso que sejam por duas razões que não devemos deixar o latim. Acima de tudo, temos um grande legado litúrgico em latim: do Canto Gregoriano à Polifonia, bem como ‘texti venerandi’ (textos veneráveis, sagrados) que os Cristãos têm usado por eras. Junto disso, o latim nos permite mostrar a catolicidade e a universalidade da Igreja. Podemos experimentar esta universalidade de uma maneira única na Basílica de São Pedro e durante outros encontros internacionais, quando homens e mulheres de todos os continentes, nacionalidades e línguas cantam e rezam na mesma linguagem. Quem não se sentirá em casa quando, estando na Igreja, puder unir-se aos irmãos e irmãs na fé ao menos em algumas partes pelo uso do latim?

O senhor concorda que a fé do sacerdote é expressa de um modo especial na liturgia?

Não tenho dúvidas sobre isso. Sendo a liturgia a celebração do mistério de Cristo aqui e agora, o sacerdote é chamado a expressar sua fé de duas maneiras. Primeiro, ele deveria celebrar com olhos de quem vê além da realidade visível para “tocar” o que é invisível, isto é, a presença e a obra de Deus. É a ‘ars celebrandi’ (arte de celebrar) que permite aos fiéis analisar se a liturgia é apenas uma performance, um espetáculo do sacerdote ou se é uma relação vívida e atraente com o mistério de Cristo. Segundo, após a celebração o sacerdote está renovado e pronto para seguir o que experimentou, isto é, para fazer de sua vida uma celebração do mistério de Cristo.

Fonte:http://sunday.niedziela.pl/artykul.php?dz=wiara&id_art=00145
Tradução: Luís Augusto - membro da ARS

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Discurso do Papa aos seminaristas italianos



Audiência dos Seminários de Campânia, Calábria e Umbra em ocasião dos 100 anos de fundação
Sala Clemantina, Palácio Apostólico Vaticano
Quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Senhores Cardeais, venerados Irmãos, queridos seminaristas!

Estou muito contente em acolher-lhes em ocasião do centenário de fundação dos Pontifícios Seminários de Campânia, Calábria e Umbra. Saúdo os irmãos no Episcopado e no Sacerdócio, os três reitores com os colaboradores e docentes, e, sobretudo, saúdo com afeto vocês, queridos seminaristas!

O nascimento destes três seminários regionais, em 1912, ampliou ainda mais a obra de formação dos candidatos ao sacerdócio, levada pelo Papa São Pio X, em continuidade ao Papa Leão XIII. Para vir ao encontro da crescente exigência formativa, a estrada tomada foi a agregação de novos seminários diocesanos em seminários regionais, juntamente com a reforma dos estudos teológicos, o que produziu um significativo aumento no nível de qualidade, graças a aquisição de uma cultura de base comum a todos e a um período de estudo suficientemente longo e bem estruturado.

O Mestre de Cerimônias, de Bento XVI, explica algumas mudanças nas celebrações papais - 3 Parte

Reforma de Bento XVI 


A cada dia vamos postar trechos da entrevista concedida ao Wlodzimierz Redzioch pelo Revmo. Sr. Mons. Guido Marini

                                       3ª Parte


O Papa dá importância às vestes litúrgicas. Isto é questão de puro esteticismo?

A fim de entender melhor as idéias do Papa no que diz respeito ao significado da beleza como um elemento importante das celebrações litúrgicas, gostaria de citar a Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis. Esta relação entre a fé e a celebração é evidenciada de uma forma particular pela rica categoria litúrgica e teológica da beleza. Assim como o restante da Revelação Cristã, a liturgia está inerentemente ligada à beleza: é o veritatis splendor. […] Não é mero esteticismo, mas via concreta em que o amor de Deus, em Cristo, nos encontra, nos atrai e nos enche de delícias, tornando-nos capazes de emergir de nós mesmos e nos lançarmos rumo à nossa verdadeira vocação, que é o amor. A beleza mais verdadeira é o amor de Deus, que se revelou definitivamente para nós no mistério pascal. […] A beleza da liturgia é parte deste mistério; é uma sublime expressão da glória de Deus e, de certa forma, um vislumbrar o céu sobre a terra. A beleza, então, não é mera decoração, e sim um elemento essencial da ação litúrgica, por ser um atributo do próprio Deus e de sua revelação.


Bento XVI mudou seu báculo pastoral – atualmente está usando um báculo encimado com uma cruz. Por quê?
Eu gostaria de lembrar você que até o pontificado do Papa Paulo VI os papas não usavam báculos; em ocasiões especiais eles portavam uma férula (báculo em forma de cruz). Papa Montini, Paulo VI, introduziu um báculo terminado com um crucifixo. E assim fez Bento XVI até o Domingo de Pentecostes de 2008. Desde então ele tem usado uma férula porque a considera mais adequada à liturgia papal.

A virgindade não é uma castração, mas sim um mistério fecundo


O mistério da virgindade fecunda
Dos Escritos de Santo Agostinho (354-430), bispo e doutor da Igreja:


As que se consagram inteiramente ao Senhor não devem afligir-se pelo fato de, guardando a sua virgindade como Maria, não se poderem tornar mães segundo a carne. Aquele que é o fruto de uma única Virgem santa é a glória e a honra de todas as outras santas virgens, pois, tal como Maria, elas são mães de Cristo, se fizerem a vontade de Seu Pai.
A glória e a felicidade de Maria como Mãe de Cristo brilha sobretudo nas palavras do Senhor: "Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe." Ele indica assim a paternidade espiritual que O liga ao povo que resgatou. Os Seus irmãos e irmãs são os santos homens e as santas mulheres que são co-herdeiros com Ele da Sua herança celeste (cf Rm 8,17).

Sua mãe é a totalidade da Igreja, pois é ela que, pela graça de Deus, dá à luz os membros de Cristo, isto é, àqueles que Lhe são fiéis. Sua mãe é ainda toda a alma santa que faz a vontade de Seu Pai e onde a caridade fecunda se manifesta naqueles que dá à luz por Ele, «até que Cristo Se forme entre vós» (Gl 4,19).
Entre todas as mulheres, Maria é a única que é ao mesmo tempo virgem e mãe, não apenas pelo espírito, mas também com o corpo. Ela é Mãe segundo o espírito dos membros de Cristo, isto é, de nós próprios, porque cooperou com a sua caridade para dar à luz, na Igreja, os fiéis, que são os membros desse Chefe divino, nossa cabeça (cf. Ef 4,15-16), de Quem Ela é verdadeiramente Mãe segundo a carne.
Era preciso, com efeito, que o nosso Chefe nascesse segundo a carne duma virgem, para nos ensinar que os Seus membros deveriam nascer, segundo o espírito, doutra virgem, que é a Igreja. Maria é, assim, a única que é Mãe e Virgem ao mesmo tempo, tanto no corpo como no espírito. Mas também a totalidade da Igreja, nos seus santos que deverão possuir o Reino de Deus, é, segundo o espírito, mãe de Cristo e virgem de Cristo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Twitaço católico


"vivas tanto ou mais que Pedro..."

Nesta última quinta feira, das 18,00 às 19,00 horas, milhares de católicos uniram-se em uma manifestação pacífica e civilizada, através de um "twitaço", exigindo a retratação de um deputado, por sinal, eleito com votos de sobra, recebidos de seu partido.
Em infeliz declaração, o deputado, desrespeitosamente, referiu-se ao Santo Padre, o Papa Bento XVI acusando-o de ligações com o nazismo, entre outras pérolas.
É importante salientar o direito que nós, católicos, cidadãos deste país, temos de demonstrar democraticamente, nossas opiniões. É interessante ver que, quando os católicos usam deste direito, há gente que se enerva e, imediatamente, passa à agressão verbal. Ao "twitaço", o deputado respondeu dizendo que os católicos "são medíocres"... Já seu partido, chama-nos de "canalhas". 
O bem sucedido "twitaço", que manteve por mais de duas horas a hashtag "#RetrateseDepJeanWyllys" em segundo lugar entre as demais, (Note-se que o primeiro lugar foi ocupado, em boa parte do dia, pelo "Megaupload") é assunto em outras partes do mundo.
Mas, vale a pena ver as afirmações do "nobre" deputado, para que se possa avaliar sua visão, em relação à Igreja, ao Santo Padre e aos católicos, em geral: (a ordem é inversa...)

O Mestre de Cerimônias, de Bento XVI, explica algumas mudanças nas celebrações papais - 2ª Parte



Reforma de Bento XVI 


A cada dia vamos postar trechos da entrevista concedida ao Wlodzimierz Redzioch pelo Revmo. Sr. Mons. Guido Marini
 

                                       2ª Parte

Todos podemos ver as mudanças introduzidas por Bento XVI nas celebrações litúrgicas. Como podemos sintetizar estas mudanças?
Eu penso que estas mudanças podem ser sintetizadas da seguinte maneira: primeiramente, são mudanças feitas de acordo com a lógica do desenvolvimento em continuidade com o passado. Logo, não lidamos com uma ruptura com o passado e com uma justaposição com os pontificados anteriores. Em segundo lugar, as mudanças introduzidas servem para evocar o verdadeiro espírito da liturgia, como o quis o Concílio Vaticano II. ‘O “sujeito” da beleza intrínseca da liturgia é o próprio Cristo, ressuscitado e glorificado no Espírito Santo, que inclui a Igreja em sua obra'”.


Celebrações voltadas para a cruz, a Sagrada Comunhão recebida diretamente na boca e de joelhos, longos momentos de silêncio e meditação – são estas as mudanças litúrgicas mais visíveis introduzidas por Bento XVI. Infelizmente, várias pessoas não entendem o significado teológico e histórico destas mudanças e, o que é pior, só as enxergam como um “retorno ao passado”. O senhor pode explicar brevemente o significado destas mudanças?
Para contar-lhe a verdade, nosso Departamento tem recebido vários testemunhos de fiéis que receberam favoravelmente as mudanças introduzidas pelo Papa, pois eles as vêem como uma autêntica renovação da liturgia. Como significado de tais mudanças, reflitamos brevemente. Celebrar voltado para a cruz sublinha a correta direção da oração litúrgica, isto é, para Deus; durante as orações os fiéis não devem olhar uns para os outros, mas deveriam dirigir os olhos para o Salvador. Distribuir a Hóstia aos fiéis ajoelhados tenciona valorizar o aspecto de adoração tanto como elemento fundamental da celebração como atitude necessária face ao mistério da presença real de Deus na Eucaristia. Durante a celebração, a oração assume várias formas: palavras, cantos, música, gestos e silêncio. Além disso, os momentos de silêncio nos permitem participar de fato no ato de adoração, e mais, suscita no interior todas as outras formas de oração.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um Novo Movimento Litúrgico

As mudanças na Liturgia Romana surgidas depois do Concílio Vaticano II fizeram com que normas que antes eram respeitadas fossem deixadas de lado, esquecidas, tornadas como que, um objeto a reformar que como um sujeito capaz de renovar a vida cristã [1].

Após o Concílio, houve grande anseio dos padres presentes no mundo para receber as novas instruções de liturgia trazidas na bagagem de seus bispos diocesanos. Ao receberem estas novas diretrizes, alguns interpretaram de modo errado, ora, uma maçã podre misturada no mesmo cesto que maçãs boas, contamina todas as outras, ou seja, um erro puxou o outro, formando uma grande bola de neve que veio rolando monte abaixo até cair sobre nossas cabeças. Assim, entrando em nossas mentalidades, criou uma lavagem cerebral litúrgica, que não permite a correta aplicação das reformas que cabem à Santa Liturgia.

O Mestre de Cerimônias, de Bento XVI, explica algumas mudanças nas celebrações papais


Reforma de Bento XVI 


A cada dia vamos postar trechos da entrevista concedida ao Wlodzimierz Redzioch pelo Revmo. Sr. Mons. Guido Marini


1ª Parte

Wlodzimierz Redzioch: – Com o que se parece a colaboração entre Bento XVI e seu Mestre de Cerimônias? O Papa decide tudo?
 
 Mons. Guido Marini: – Primeiramente, gostaria de sublinhar que as celebrações que o Santo Padre preside devem ser pontos de referência para toda a Igreja. O Papa é o sumo sacerdote, o único que oferece o sacrifício da Igreja, o único que apresenta o ensino litúrgico através das celebrações – o ponto de referência para todos. Considerando esta explicação, é mais fácil entender qual deva ser o estilo de colaboração entre o Mestre de Cerimônias do Papa e o Santo Padre. Deve-se agir no intuito de fazer das liturgias papais expressões de sua autêntica orientação litúrgica. Por isso, o Mestre de Cerimônias do Papa deve ser um servo humilde e fiel da liturgia da Igreja. Desde o começo tenho entendido desta forma o meu trabalho no Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

São Paulo "Fortalecei-vos no Senhor"


Ef 6, 10-20 

Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.
Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever!

São Francisco de Sales conhecido como o santo da verdadeira amabilidade



 
Da Introdução à Vida Devota, de São Francisco de Sales, bispo

(Pars 1, cap. 3)
(Séc.XVII)


A devoção deve ser praticada de modos diferentes

Na criação, Deus Criador mandou às plantas que cada uma produzisse fruto conforme sua espécie. Do mesmo modo, ele ordenou aos cristãos, plantas vivas de sua Igreja, que produzissem frutos de devoção, cada qual de acordo com sua categoria, estado e vocação.
A devoção deve ser praticada de modos diferentes pelo nobre e pelo operário, pelo servo e pelo príncipe, pela viúva, pela solteira ou pela casada. E isto ainda não basta. A prática da devoção deve adaptar-se às forças, aos trabalhos e aos deveres particulares de cada um.
Dize-me, por favor, Filotéia, se seria conveniente que os bispos quisessem viver na solidão como os cartuxos; que os casados não se preocupassem em aumentar seus ganhos mais que os capuchinhos; que o operário passasse o dia todo na igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre disponível para todo tipo de encontros a serviço do próximo, como o bispo. Não seria ridícula, confusa e intolerável esta devoção?

Contudo, este erro absurdo acontece muitíssimas vezes. E no entanto, Filotéia, a devoção quando é verdadeira não prejudica a ninguém; pelo contrário, tudo aperfeiçoa e consuma. E quando se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é falsa, sem dúvida alguma.

A abelha extrai seu mel das flores sem lhes causar dano algum, deixando-as intactas e frescas como encontrou. Todavia, a verdadeira devoção age melhor ainda, porque não somente não prejudica a qualquer espécie de vocação ou tarefa, mas ainda as engrandece e embeleza.

Para falarmos de continuidade e não ruptura, como nos pede Sua Santidade o Papa Bento XVI, temos que ter em vista esse documento doutrinal de grandiosa riqueza.


Catecismo Maior de São Pio X
Retirado do Catecismo Maior de São Pio X, capítulo IV que refere-se a Santíssima Eucaristia, mais precisamente o artigo quarto, sobre da maneira de apresentar-se no ato de receber a Santa Comunhão. Que nos explica de forma simples e piedosa como o fiel deve portar-se no ato de receber tão precioso dom, utilizando-se do esquema pergunta e resposta para a nossa melhor compreensão.


                                                 CAPÍTULO IV
                                                  Da Santíssima Eucaristia

 4º - Da maneira de comungar


640.  Como devemos apresentar-nos no ato de receber a sagrada Comunhão?

No ato de receber a sagrada Comunhão devemos estar de joelhos, com a cabeça medianamente levantada, com os olhos modestos e voltados para a sagrada Hóstia, com a boca suficientemente aberta e com a língua um pouco estendida sobre o lábio inferior. Senhoras e meninas devem estar com a cabeça coberta.
 
641. Como se deve segurar a toalha ou a patena da Comunhão?
 A toalha ou a patena da Comunhão deve-se segurar de maneira que recolha a sagrada Hóstia, caso ela viesse a cair.

642. Quando se deve engolir a sagrada Hóstia?

Devemos procurar engolir a sagrada Hóstia o mais depressa possível, e convém abster-nos de cuspir algum tempo.

643. Se a sagrada Hóstia se pegar ao céu da boca, que se deve fazer?

Se a sagrada Hóstia se pegar ao céu da boca, é preciso despegá-la com a língua, nunca porém com os dedos.