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segunda-feira, 18 de maio de 2015

11 Grandes citações do Papa Bento XVI sobre a Liturgia e a Missa




1 - Ratzinger sobre os reformadores litúrgicos a criar uma "fabricação", um "produto banal"


"A reforma litúrgica, na sua realização concreta, distanciou-se a si mesma ainda mais da sua origem. O resultado tem sido não uma reanimação, mas devastação. Em vez da liturgia, fruto dum desenvolvimento contínuo, puseram uma liturgia fabricada. Esvaziaram um processo vital de crescimento para o substituir por uma fabricação. Não quiseram continuar o desenvolvimento, a maturação orgânica de algo vivo através dos séculos, e substituíram-na, à maneira da produção técnica, por uma fabricação, um produto banal do momento." 

(Revue Theologisches, Vol. 20, Fev. 1990, pgs. 103-104)

2 - Ratzinger sobre aqueles que apreciam a [antiga] Missa em Latim serem tratados erradamente como "leprosos"

"Para promover uma verdadeira consciência em matérias litúrgicas, é também muito importante que a proibição contra a forma da liturgia em uso válido até 1970 (a antiga Missa em Latim) seja levantada. Qualquer pessoa que hoje em dia defenda a existência contínua desta liturgia ou que participe nela é tratada como um leproso; toda a tolerância acaba aqui. Nunca houve nada como isto na história; ao fazer isto estamos a desprezar e a proibir o passado inteiro da Igreja. Como é que uma pessoa pode confiar nela no presente se as coisas são assim?" 

(Introdução ao Espírito da Liturgia, 2000)

3 - Ratzinger sobre a degeneração da liturgia e os "fabricantes litúrgicos"

"Temos uma liturgia que degenerou a ponto de se tornar num espectáculo que, com sucesso momentâneo para o grupo de fabricantes litúrgicos, se esforça para tornar a religião interessante na sequência das frivolidades da moda e das máximas sedutoras da moral. Consequentemente, a tendência é a cada vez maior diminuição do mercado daqueles que não procuram a liturgia para um espectáculo espiritual mas para um encontro com o Deus vivo diante do Qual todo o 'fazer' se torna insignificante, visto que apenas este encontro é capaz de nos garantir acesso à verdadeira riqueza do ser." 

(Prefácio do Cardeal Ratzinger à tradução francesa de Reform of the Roman Liturgy por Monsignor Klaus Gamber, 1992).

4 - Ratzinger sobre a "desintegração da liturgia"

"Estou convencido que a crise que a Igreja está a experimentar hoje é, em grande parte, devida à desintegração da liturgia." 

(Autobiografia)

5 - Ratzinger contra a "liturgia caseira"

"Também vale a pena observar aqui que a 'criatividade' envolvida nas liturgias fabricadas tem um alcance muito restrito. É pobre em comparação com a riqueza da liturgia recebida nas centenas e milhares de anos de história. Infelizmente, os autores das liturgias caseiras são mais lentos a aperceber-se disto do que os seus participantes..." 

(The Feast of Faith, p. 67-68)

6 - Ratzinger sobre a [antiga] Missa em Latim como  a "mais Santa e Elevada posse"

"Sou da opinião, para ser sincero, que o Rito Antigo devia ser concedido muito mais generosamente a todos aqueles que o desejam. É impossível ver o que poderia ser perigoso ou inaceitável nisso. Uma comunidade está a pôr o seu próprio ser em questão quando subitamente declara aquilo que até era a sua mais santa e elevada posse como estritamente proibida, e quando declara os desejos por ela absolutamente indecentes." 

(Sal da Terra, 1997)

7 - Ratzinger sobre o perigo dos criativos que "presidem" à Missa

"Na realidade o que se passou foi que uma clericalização sem precedentes entrou em cena. Agora o sacerdote - o que 'preside', como agora o preferem chamar - torna-se o verdadeiro ponto de referência para toda a Liturgia. Tudo depende dele. Temos que o ver a ele, responder-lhe a ele, estar envolvidos naquilo que ele está a fazer. A sua criatividade sustém a coisa toda."

(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

8 - Ratzinger sobre o perigo do "planeamento criativo da liturgia"

"De forma não surpreendente, as pessoas tentam reduzir este novo papel criado ao atribuir todos os tipos de funções litúrgicas a indivíduos diferentes e confiando o planeamento 'criativo' da Liturgia a grupos de pessoas que gostam de o fazer, e que devem 'dar a sua própria opinião'. Cada vez menos e menos Deus é o centro. Cada vez é mais e mais importante o que é feito pelos seres humanos que se encontram aqui e não gostam de se sujeitar a um padrão pré-determinado." 

(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

9 - Ratzinger sobre porque é que o sacerdote não devia estar voltado para o povo durante a Missa

"O facto de o sacerdote se ter virado para o povo tornou a comunidade num círculo fechado sobre si próprio. Na sua forma exterior já não se abre ao que está à frente e por cima, mas está fechado para si mesmo. O comum voltar-se para Oriente não era uma celebração virada para a parede; não significava que o sacerdote tinha as suas costas voltadas para o povo: o próprio sacerdote não era visto como tão importante. Porque tal como a assembleia na sinagoga olhava junta para Jerusalém, também na liturgia cristã a assembleia olhava junta para o Senhor." 

(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

10 - Ratzinger sobre o sacerdote e o povo voltados para a mesma direção
 
"Por outro lado, o comum voltar-se para o Oriente durante a Oração Eucarística continua a ser essencial. Isto não é uma questão de acidentes mas de essências. Olhar para o sacerdote não tem importância nenhuma. O que importa é olhar juntos para o Senhor." 

(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

11 - Ratzinger sobre o "fenómeno absurdo" de substituir o crucifixo pelo sacerdote

Mover a cruz do centro do altar para o lado do altar, para dar uma visão sem obstáculos do sacerdote é algo que eu vejo como um dos fenômenos mais absurdos das décadas recentes. A cruz é um obstáculo durante a Missa? O sacerdote é mais importante que Nosso Senhor?
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

Fonte: Senza Pagare  

Taylor Marshall

https://www.facebook.com/pages/Irmandade-dos-Defensores-da-Sagrada-Cruz/224600517562367


Um comentário:

  1. Brilhantes citações do amado Papa Bento XVI. O admiro pela coragem em dizer aquilo que a grande maioria não quer ouvir e aceitar.

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